História O Boi-Bumbá Caprichoso tem sua história atrelada a uma família. A professora e folclorista parintinense Odinéia Andrade afirma que o bumbá foi fundado em 1930 pelos irmãos Raimundo Cid, Pedro Cid e Félix Cid. Os três teriam migrado do município de Crato, no Ceará, passando pelos estados do Maranhão e Pará, até chegarem à ilha, onde fizeram uma promessa a São João Batista para obterem prosperidade na novo município. Isso foi motivado pelas influências recebidas pelos Cid durante a trajetória até a ilha, quando puderam conhecer vários folguedos juninos por onde passaram. Duas manifestações folclóricas chamaram a atenção: o Bumba-Meu-Boi, maranhense, e a Marujada paraense. Andrade (2006) afirma que o Boi Caprichoso assimilou elementos desses dois folguedos, uma vez que o bumbá adotou como cores oficiais o azul e o branco, usadas nos trajes dos marujos, e denominou seu grupo de batuqueiros, responsáveis pelo ritmo na apresentação do boi de Marujada de Guerra.
Símbolo Caprichoso é o boi-bumbá que defende as cores Azul e Branco. Seu símbolo é a estrela azul, a qual ostenta em sua testa. É o Guardião da Floresta, do folclore parintinense, do imaginário caboclo e do lendário dos povos indígenas. O nome, Caprichoso, teria um significado intrínseco a ele, isto é, pessoas cheias de capricho, trabalho e honestidade. O sufixo “oso”, significando provido ou cheio de glória. Quando somados, “capricho” mais “oso”, poder-se-ia dizer que é extravagante e primoroso em sua arte. Para compreender o surgimento do Caprichoso e do folclore de Parintins, ler a obra "A verdadeira História do festival de Parintins" de Raimundinho Dutra, versador tradicional deste bumbá, oriundo de uma família tradicional do boi azul. O local de realização dos festejos particulares, chamado de curral, é chamado de Curral Zeca Xibelão, uma homenagem ao primeiro tuxaua do boi - bumbá Caprichoso, falecido em 1988, que se localiza na parte considerada como Azul da cidade. Quem separa os lados de cada bumbá é a Catedral de Nossa Senhora do Carmo. O Boi Caprichoso é conhecido também como o boi da chuva, por que sempre que ele ganha de dois em dois anos chove.
Itens que concorrem no Festival Levantador de Toadas O levantador de toadas, com sua extensão de voz afinada, é quem tem a missão de entoar as toadas que sustentam o espetáculo, por toda sua duração, a qual da harmonia ao desenvolvimento do tema. Esse item está no contexto das festas em Parintins desde o início, quando o boi saia na rua e eram entoadas verdadeiras declarações de amor, exaltando o Caprichoso. Também eram versados os desafios e provocações para os bois contrários da época.
Apresentador É o mestre de cerimônia que conduz o espetáculo. Ao seu comando, conduz a tradicional chamada "olha o boi, olha o boi, olha o boi..." dando inicio a apresentação. Esse item também efetua o trabalho de narrador, fazendo a introdução às lendas, rituais e demais itens, apresentando-os convenientemente. É função do apresentador chamar a atenção dos jurados e demais presentes para os itens em suas evoluções na arena.
Amo do Boi É o personagem que representa o dono da fazenda aonde brinca o boi Caprichoso. O amo busca na herança nordestina dos repentes e versos de improviso, a inspiração para cantar e contar em falsetes a poesia cabocla, a história do boi de Parintins. É um personagem do auto do boi, oriundo também das brincadeiras nordestinas, migradas para Parintins junto com os fundadores, os irmãos Cid.Com isso o amo do boi Caprichoso, representa a figura de Roque Cid, o criador e primeiro dono do Boi Caprichoso.
Sinhazinha da Fazenda Representa a filha do Amo do Boi, cujo brinquedo de estimação é o Boi Caprichoso.Ela evolui com graça e alegria, exibindo sua indumentária que representa toda a pujança dos vestidos das sinhás dos tempos coloniais, reverenciando as influências da cultura do branco, importante na formação do povo parintinense.
Cunhã-Poranga É a mulher mais bela das tribo do Caprichoso, tem na sua essência a garra, o mistério e o espírito guerreiro das lendárias Amazonas, expressando em sua dança os sentimentos de amor e paixão.
Porta-Estandarte Responsável por conduzir, o símbolo do boi em movimento, o estandarte azul e branco.A paixão e o encanto pelo azul influenciam sua evolução na arena, sempre caracterizadas pela elegância, garra e simpatia na maneira de reverenciar o estandarte, representação da sabedoria cabocla da parintinense, da tradição popular e da cultura indígena da Amazônia.
Rainha do Folclore Ela personifica a geografia de mistérios e beleza do folclore da Amazônia, reinando absoluta nesse universo de sonhos, encantando a todos com seu bailado e pela exuberância de suas indumentárias. A rainha é a guardiã do folclore, traz a alegria e a magia de brincar de boi em sincronia com a diversidade cultural da vida existente na floresta. Sua presença na arena significa que todos os entes da mata compactuam dessa mesma alegria e sentimento de respeito pela cultura e pela natureza.
Pajé O pajé é um item importante na regionalização da festa. Aqui nas representações do auto do boi, mãe Catirina, grávida, deseja comer a língua do boi preferido do patrão, forçando o seu marido, o Pai Francisco, a matar o boi e arrancar a língua para satisfazer os desejos da grávida. Ao fim o boi é ressuscitado pelo curandeiro local, com poderes sobrenaturais, o poderoso Pajé. O Pajé interpreta em sua apresentação o feiticeiro, o curandeiro, o mago das transmutações, fascinando pelos cantos, pelas rezas, danças e rituais.Com o poder mágico das ervas, repete o gesto de invocar os espíritos sagrados pedindo proteção aos ancestrais para expulsar o ser maléfico. Após anos de evolução da festa, o Pajé ganhou importância no enredo do espetáculo, migrando em definitivo para a parte tribal da festa, encenando os ritos e lendas indígenas. Sendo a aparição desse item um dos momentos mais aguardados de cada noite.
Projeto social Desde 1997 o Boi Caprichoso mantém através de sua fundação, a Escola de Artes Irmão Miguel de Pascalle, conhecida também como "Escolinha do Caprichoso", criada na gestão do então presidente Joilton Azedo. Inicialmente de forma tímida como um projeto experimental envolvia cerca de 50 crianças. Nos dias Atuais, a escola de artes atende mais de 700 jovens entre 07 a 20 anos no compromisso de iniciação artística, no apoio aos esportes e auxilio no reforço escolar. Este Projeto já atende a demanda interna do boi Caprichoso em praticamente todos os seus setores, que concorrem o festival e em especialmente na parte artística e musical.
Festival Folclórico de Parintins O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no último fim de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas.
O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem duas associações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local.
O festival é realizado desde 1965 e já teve vários locais de disputa como a quadra da catedral de Nossa Senhora do Carmo, a quadra da extinta CCE e o estádio Tupy Cantanhede. Até que em 1987, o governador Amazonino foi assistir o festival, no mesmo local onde é o Bumbódromo, mas era um tablado. Ele gostou tanto da festa que prometeu construir um local do tamanho que o festival merecia e, no ano seguinte, em 1988, inaugurava o Bumbódromo.
Até 2005 era realizado sempre nos dias 28, 29 e 30 de junho. Uma lei municipal mudou a data para o último fim de semana desse mesmo mês.
Itens Julgados Ao todo são julgados 21 quesitos ou itens no Festival de Parintins, sendo eles de ordem individual ou coletiva. São eles em ordem de julgamento:
1 - Apresentador 2 - Levantador de Toadas 3 - Batucada/Marujada 4 - Ritual Indígena 5 - Porta-Estandarte 6 - Amo do Boi 7 - Sinhazinha da Fazenda 8 - Rainha do Folclore 9 - Cunhã-Poranga 10 - Boi-Bumbá Evolução 11 - Toada, Letra e Música 12 - Pajé 13 - Tribos Indígenas 14 - Tuxauas 15 - Figura Típica Regional 16 - Alegoria 17 - Lenda Amazônica 18 - Vaqueirada 19 - Galera 20 - Coreografia 21 - Organização do Conjunto Folclórico
Itens Relevantes
Um torcedor jamais fala o nome do outro Boi, e usa apenas a palavra "contrário" quando quer se referir ao opositor. São proibidas vaias, palmas, gritos ou qualquer outra demonstração de expressão quando o "contrário" se apresenta.
Fundação
20 de outubro de 1913 (99 anos)
Cores
Azul e Branco
Símbolo
Estrela
Bairro
Palmares
Presidente
Marcia Baranda
Apresentador
Júnior Paulain
Levantador de toadas
David Assayag
Amo do Boi
Edilson Santana
Pajé
Waldir Santana
Cunhã-poranga
Maria Azedo
Sinhazinha da Fazenda
Tainá Valente
Porta-Estandarte
Rayssa Muniz
Rainha do Folclore
Brena Dianná
Fonte do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Boi_Caprichoso
Conclusões finais
SABAOART ,Venha conhecer o festival de Parintins venha conhecer a riqueza de um festival lindo e rico em Cultura e torce para melhor Boi de Parintins o Boi Caprichoso e com melhor Torcida do festival a Força Azul Branca FAB.